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Vamos falar um pouco sobre “Ansiedade”?

  • Foto do escritor: Jessica Zago
    Jessica Zago
  • 24 de mai. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 7 de jun. de 2024


Sintomas, origens e tratamento
Ansiedade

Há uma ansiedade “comum” diante da expectativa de uma viagem, a apresentação de um trabalho, estar iniciando novos projetos, fazer algo nunca experimentado, dá um gelinho na barriga junto de um nervosismo, mas, não é algo que paralisa ou gera um sofrimento maior, e, logo passa.


Ainda assim, também é nomeada como Ansiedade ou Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), quando são apresentados uma série de sintomas como: a falta de ar, pensamento acelerado, dores no peito, mãos suando, vontade de chorar, entre outras manifestações que geram desconforto, sofrimento e angústia.


A questão é que: mesmo sendo algo que muitas pessoas sentem, nunca é pelos mesmos motivos, pelas mesmas situações ou pessoas… ou seja, cada um possui uma história e elementos individuais que podem estar ligados a forma como o corpo está tentando se proteger, reagir, não lidar, e isso ocorre de modo inconsciente.


Quando mencionamos “Inconsciente”, isso quer dizer que há a possibilidade de existirem conflitos internos que foram vividos mas não compreendidos, até mesmo, reprimidos, e assim, quando outras situações semelhantes acontecem, é como se essas vivências que já estão lá, independentemente do tempo que já aconteceram, se somassem e transbordassem por alguma via possível, manifestando-se como sintomas.


Em outras palavras, a Psicanálise busca compreender o que está por trás desses sintomas, que muitas vezes, já se apresenta há algum tempo ou tem se intensificado, parecendo não mais ser possível lidar, conter ou apenas esperar essa sensação passar.


Vamos à um exemplo:


Você se sente muito mal só de pensar em ir trabalhar, essas sensações te invadem e você vai porque precisa, porém, é um ambiente que já não faz mais sentido e há uma pessoa com certas características que você não suporta. Um tom de voz, a forma como lhe pede as coisas, se fala muito ou se ignora sua presença, você identifica o que te irrita e incomoda, mas, você sabe onde isso te toca? Porquê incomoda? Da onde isso vem?


Conflitos internos também podem envolver várias questões, outro fator poderia ser formas das quais você gostaria de se posicionar, agir, colocar limites, tomar algumas decisões, mas, “você não consegue”. Porquê será?


Além disso, há inúmeros fatores que sustentam o que imaginamos que gostaríamos de fazer, questões morais, julgamentos de “o que vão pensar se eu falar isso?”, “Não posso dizer isso para meu chefe, né?...”.


E logo em seguida…


Isso que não foi dito diretamente ao chefe e pode ter provocado sentimentos de raiva (tanto pela situação ou por uma raiva que já está lá, presa), por exemplo, pode acabar sendo descontada em alguém como um amigo ou familiar, em um contexto possível de colocar para fora o que se está sentindo e até ser questionado… “Nossa, porque você está me tratando assim?”, “Aconteceu alguma coisa” ou receber outras respostas de outras pessoas ao seu redor gerando outro conflito que “nem sei porquê estávamos brigando para falar a verdade…”.


Qual a verdade?


Freud identificou mecanismos de defesa que usamos para lidar com conflitos que geram algum tipo de angústia, desse modo, a "Ansiedade" pode ser entendida como um indicador de algo interno que não encontrou espaço para ser sentido e entendido, ela é como um nome que tenta representar que algo está acontecendo.


No trabalho terapêutico essas questões podem ser escutadas, problematizadas e analisadas, permitindo compreender suas dificuldades diante de certos posicionamentos, as origens de como você age e como isso impacta sua vida, e é um passo importante para buscar formas de tratamento e enfrentamento.




 
 
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